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Round Trips

Round Trips: Capítulo 21 – Dica da Grécia

Por: liketour | 05/11/2021

2021 continuamos com excelentes conteúdos no liketour. Além, do já conhecido liketour cast, teremos novos conteúdos, com mais dicas e histórias de viagens para você.  Uma delas é a série de entrevistas no formato escrito, batizada de Round Trips*, onde conversamos com pessoas criadoras de sites, empresário e escritores de livros sobre turismo.

Beatriz Vilanova é natural de São Paulo e mora atualmente em Portugal. Ela é jornalista, com passagens pelas revistas de bordo da Latam e Azul, e pela editoria de cultura e entretenimento da Folha de São Paulo. Atualmente, é co-criadora e editora do site Dica da Grécia, que faz parte do Grupo Dicas, um grupo de sites de viagens com dicas sobre dezenas de destinos, do casal Gabriel e Lívia Lorenzi.

 

Beatriz Vilanova co-criadora e editora do site Dica da Grécia

 

LT: Conte-nos um pouco da sua experiência como turista na Grécia, quantas vezes já visitou e qual sua relação com o país?

Beatriz: Me apaixonei pela Grécia logo que vi as primeiras imagens do país, ainda jovem. É um cenário muito diferente daquilo que estamos acostumados a ver, muito único. O contraste da arquitetura branca e do mar azul nas ilhas e a riqueza arqueológica, somados à temperatura agradável, cultura, gastronomia e tantos outros pontos positivos, fazem da Grécia um dos destinos favoritos de qualquer turista no mundo. Estive na Grécia apenas uma vez, coletando referências. Desde então, mantenho minha agenda de contatos e acompanho as atualizações do país online para manter o site ativo e com conteúdo fresco. A intenção é, com o crescimento do site, voltar em breve!

 

Grécia: beleza, arquitetura e História

 

LT: Como surgiu a ideia de colaborar com o site Dica da Grécia e quais serviços vocês oferecem a quem quer visitar o país?

Beatriz: Eu já colaborava em outros sites do Grupo Dicas e em 2020 surgiu a oportunidade de criar do zero um site novo, sobre um destino à minha escolha. Seria um site em parceria com o Gabriel Lorenzi, mas no qual eu teria maior autonomia e poderia dar dicas para todas as etapas
da viagem: desde o planejamento até a visita. Escolhi a Grécia por acreditar no potencial de turismo do país, e passamos a procurar parcerias confiáveis para indicar passeios de barco que gostamos, hotéis que conhecemos, companhias de aluguel de carro, seguro viagem, transfers, passagens aéreas, ferry boat, câmbio e tudo o mais que um turista precisa na Grécia, da maneira mais econômica possível, mas sem perder a experiência e essência da viagem.

LT: A Grécia tem uma História riquíssima, como a mitologia, a filosofia, berço das olimpíadas, como isso impacta e ajuda no turismo?

Beatriz: Impacta totalmente! A Grécia é o berço da civilização, da cultura, da economia, da nossa forma de sociedade. Qualquer pessoa que tenha um mínimo interesse em história e cultura irá amar conhecer a Grécia. Estar na Acrópole de Atenas, com aqueles edifícios datados de 450 a.C, é um sentimento único e inexplicável. Passear pelas ruínas de teatros, estádios e palcos também. E, de quebra, existe a parte mais paradisíaca, das praias nas ilhas gregas. São
verdadeiros oásis para relaxar nas férias. Ou seja: a Grécia oferece cenários para todos os gostos.

 

Turistas admiram a cidade de Atenas

 

LT: No geral, quando pensamos em viajar para Europa, a Grécia é um dos principais destinos, como é o perfil do turista brasileiro que visita o país?

Beatriz: O turista costuma ficar, em média, 8 dias na Grécia. O roteiro é quase sempre Atenas + Mykonos + Santorini + alguma outra ilha, como Creta, Zakynthos ou Milos. Mas há muitos casais (mesmo) que procuram o país para a sua lua de mel, e acabam ficando duas ou até três semanas por lá, conhecendo várias ilhas. Por ter um público bastante diverso – há os jovens exploradores, os casais em comemoração, os aposentados com tempo para turistar -, a Grécia tem uma oferta grande de hotéis e restaurantes para todos os bolsos. Há hostels e pousadas sempre cheios, assim como há hotéis riquíssimos, de 5 estrelas, com até piscinas privativas. Há muitas lanchonetes de ruas e restaurantes premiados mundialmente dividindo o mesmo bairro. No caso do turista brasileiro, o perfil é sempre de uma classe social média ou alta, que planeja a viagem como uma meta. Isso porque o voo é mais longo e consequentemente, mais caro. Mas, o que muita gente vem descobrindo é que dá para aproveitar a baixa estação e as promoções. Por exemplo, hoje em dia, estando atento e com flexibilidade de datas, é possível encontrar voos de ida para Portugal por R$ 1.200 (juro, eu já vi!). E encontrar promoções de companhias low cost com voos de Lisboa para Atenas por 19 euros (cerca de 125 reais na cotação atual). Portanto, é uma questão de estar atento, planejar e aproveitar as oportunidades quando aparecem!

 

Bairro de Plaka, em Atenas

 

LT: Na Europa, tanto o inverno quanto o verão são muito rigorosos. Existe um período melhor que você recomenda viajar para a Grécia?

Beatriz: Isso é verdade, as estações são bem definidas. Mas a Grécia ainda tem um bônus de não ter um inverno tão frio quanto o de outros países europeus – a temperatura fica entre os 5ºC e 18ºC. O lado chato dessa época é que alguns poucos estabelecimentos fecham, já que as cidades e ilhas ficam vazias, mas há quem goste disso! A alta temporada ocorre no verão, entre junho e agosto, portanto os meses que eu mais recomendo são os de maio, junho ou setembro, quando o clima está quente, tudo está aberto e os preços não estão lá no alto.
Explico tudo nessa matéria:
www.dicadagrecia.com.br/grecia/meses-de-alta-e-baixa-temporada-na-grecia/

LT: As praias, as ilhas e as cidades históricas são bem divulgadas pelo mundo. Quais as cidades da Grécia você recomenda visitar e quais os principais pontos turísticos que não podemos deixar de conhecer?

Beatriz: Não preciso dizer que Atenas é imperdível, e você passará por ela obrigatoriamente porque é onde os aviões pousam. Mesmo que só tenha 2 dias na capital, dá para conhecer os principais pontos: a Acrópole, as ágoras, o Museu Arqueológico, o Templo de Zeus etc. Depois, gosto muito de Santorini, onde você vê aquele visual de casinhas brancas e pode mergulhar no Mar Egeu. E, saindo do roteiro mais tradicional, recomendo as ilhas de Milos e Zakynthos (essa
última não fica na costa sul do país, onde estão as ilhas mais famosas, e sim a oeste do continente). Essas duas têm as praias mais lindas, na minha opinião, e dá para passar dias sem conhecer todas elas!

 

Santorini: as icônicas casinhas brancas as margens do Mar Egeu

 

Ilha de Milos

 

LT: Para o turista que sai do Brasil, como ele chega a Grécia e quanto tempo você recomenda permanecer no pais?

Beatriz: Não existe voo direto, então o turista brasileiro que vai para a Grécia normalmente sai de São Paulo ou Rio de Janeiro e faz escala em Paris ou Lisboa. Mas, há infinitas possibilidades, saindo de capitais do Brasil que voam para Europa e fazendo escalas nos países que ficam entre o Brasil e a Grécia. O tempo de avião pode ser de 14h ou 30 horas! Por ser um voo mais cansativo, eu acredito que é preciso aproveitar bem a viagem e ficar, no mínimo, 8 dias na Grécia. O ideal, na minha opinião, são 14, mas como nem sempre isso é possível, os 8 dias conferem um bom roteiro de viagem já.

LT: Alguns anos atrás, muito se comentou sobre a crise econômica da Grécia. Como o turismo ajudou a recuperação econômica e qual o impacto da indústria do turismo na economia do país de um modo geral?

Beatriz: O turismo é motor da economia na Grécia atualmente, sendo responsável por cerca de 20% do PIB. Inclusive, foi um setor que conseguiu contornar a crise econômica, que durou mais ou menos entre 2008 e 2018 e atingiu muito mais outras áreas. São mais de 30 milhões de turistas que chegam à Grécia por ano, segundo os registros dos últimos anos. Hoje em dia eles se apoiam bastante no turismo para evitar, justamente, uma nova crise.

 

Praça Syntagma em Atenas

 

LT: A culinária é conhecida como uma das melhores e mais saudáveis do mundo. Quais os pratos mais tradicionais do país? Quais restaurantes você indica aos turistas?

Beatriz: É uma delícia! Uma vez na Grécia, você precisa provar a Moussaka, que é uma espécie de lasanha de carne e berinjela já conhecida por alguns brasileiros, principalmente nos restaurantes Arcadia e Strofi de Atenas. Também há o Souvlaki, que é como um wrap de carne com especiarias no pão pita, vendido em várias lanchonetes de rua, como a Pitogyros, em Oia (Santorini); e o charutinho grego de arroz e temperos em folha de uva, chamado de Dolmadakia. No quesito doces, o Baklava é ótimo: uma massa crocante recheada de creme de nozes, mel e outras misturas. Há também o Bougatsa, que é essa mesma massa com creme de confeiteiro, e o Loukoumades, um bolinho caramelizado. E, claro, há muito queijo feta e iogurte grego!

 

Gastronomia grega umas das mais apreciadas do mundo.

 

LT: Conhecendo a Grécia qual lugar você mais gostam de ir? Um lugar que para você representa bem o que é a Grécia.

Beatriz: A imagem mais típica da Grécia é a da Acrópole de Atenas, que é parada obrigatória. Ou as cúpulas azuis das igrejas da cidade de Oia, na ilha de Santorini. Mas se eu tivesse que escolher apenas um cenário, seria o de uma tarde de mergulhos com um barco alugado pelo mar cristalino de Milos, nas praias de Sarakiniko (com rochas brancas) ou Papafragas.

 

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