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One Way

One Way Capítulo 5: Museu da História em Quadrinhos

Por: Henrique Benitez Lopes | 18/01/2020

2020 continuamos com excelentes conteúdos no liketour. Além, do já conhecido liketour cast, teremos novos conteúdos, com mais dicas e histórias de viagens para você.  Uma delas é a série de textos diversos com histórias e dicas de viagens, batizada de One Way*.

No capítulo 5 do liketour One Way, Henrique fala sobre sua visita ao Museu das Histórias em Quadrinhos na cidade de Bruxelas, capital da Bélgica

One Way*: No jargão do turismo é o identificador de tarifa e viagem só de ida.

Gaston Lagaffe indica que estamos próximo ao Museu das HQs

Museus são lugares de obras de artes clássicas, de objetos raros e antigos que contam a história de um lugar e de uma época… bom, pelo menos é isso que geralmente pensamos. A cidade de Bruxelas não seria diferente, os Museus Reais de Belas Artes, cumprem esse papel e mostram a arte clássica realizada por artistas belgas.  Mas existe um museu em Bruxelas que se destaca por contar uma arte diferente, moderna e atual estamos falando sobre o Museu da História em Quadrinhos, localizado na Rue des Sables 20, uma visita obrigatória para quem visitar a capital belga, principalmente para os fãs de HQs e desenhos animados.  

O museu está num endereço bem localizado, para quem vier de outra cidade desça na Gare du Nord e aproveite para caminhar cerca de 1 Km pela cidade e caso você já esteja em Bruxelas desça no metrô Botanique e caminhe por 600 metros. Mesmo localizado no centro da cidade, o Museu da HQ não está numa grande avenida ou num prédio que chame atenção de longe, pelo contrário.

 

Saguão de entrada do Museu: Luke Luck recepciona os visitantes

Está numa espécie de viela após descer uma pequena escadaria e uma porta estreita nos convida a entrar. Para os visitantes não se perderem, antes das escadas a estátua do personagem Gaston Lagaffe nos indica que estamos chegando e serve também para tirarmos as primeiras fotos antes de entrarmos a exposição.  Passando pela estreita porta um grande salão, com Luke Luck e Smurfs, nos dá boas vindas, a direita um café e a esquerda uma livraria com variedade de inúmeras edições em formato de HQs.  Subindo para o primeiro andar a bilheteria vende os ingressos, o valor em janeiro de 2017 era de 10 euros, para pessoas com até 26 anos o valor de 7 euros. 

Ingressos para visitar a exposição.

A visita começa mostrando como o desenho foi a primeira forma de comunicação humana, antes de desenvolvermos a fala e a escrita era através dos desenhos, hoje chamadas de pinturas rupestres que aprendemos a nos comunicar.  O Museu é bem aberto sem muita separação entre alas, os corredores se misturam permitindo o visitante caminhar livremente. As explicações estão em francês e holandês, idiomas oficiais da Bélgica e também em inglês.  

Da Antiguidade a Digitalização: O Museu conta toda a História da evolução dos desenhos

A partir daí como o desenho, essa arte tão nobre, se desenvolveu. As ilustrações em livros, as tirinhas em jornais, do formato preto e branco ao desenvolvimento das grandes animações. Podemos ver como os desenhos em seus diversos formatos caminhou e contribuiu junto ao desenvolvimento científico.  Mais para frente podemos visitar como os gêneros das histórias foram criados, com destaque para criação da ficção científica, e como esse formato mexeu com imaginário e criatividade de autores e desenhistas. As comédias são representadas pela série de desenhos criados nos 1970, Les Tuniques Bleues, satirizando a vida militar as histórias se passam no período da Guerra Civil Americana. 

Les Tuniques Bleues representam as HQs de comédias

O andar acima é reservado para os grandes ícones da ilustração belga: Tintin e Smurfs.  Da criação dos personagens e da história dos seus ilustradores e como eles ganharam o mundo, um andar inteiro é dedicado a eles.  Para os Smurfs como esse mundo mágico foi criado, os primeiros traços dos personagens e uma pequena biografia de cada um deles. Um monitor mostra em vídeo a biografia do seu criador Pierre Culiford, mais conhecido pelo seu nome artístico Peyo (1928—1992). Painéis interativos permite o visitante emergirem no cenário dos desenhos. 

Painéis permitem os visitantes interagiram com a exposição.

Atravessando o corredor a parte dedicada a Tintin e seu autor Hergé. A criação e desenvolvimento dos personagens, as primeiras tirinhas nos jornais aos livros, e até uma linha cronológica de quando e onde os personagens que fazem parte das Aventuras de Tintin entraram na vida do personagem e onde esse aventureiro esteve, passando pela América ao Congo. Como o traço do desenho inicialmente bem simples ao que conhecemos dele hoje. Uma criação de mais de 90 anos que continua atual e ganhando adeptos. 

Os belgas Smurfs são as grandes estrelas do Museu…

Finalizando a visita a última parte da exposição é dedicada às principais obras por década. Da década de 1950 a década de 2010 as obras que foram criadas e se destacaram e cada uma dessas décadas e podemos observar como as HQ e os desenhos nos geral cresceram com seus leitores.  Nos anos 1960 livros dedicados mais as crianças, nos 1980 obras com aventuras para adolescente e a partir do século XXI, histórias mais complexas ao público mais velho. Em média é possível ver toda a exposição em duas horas e como todo bom museu o passeio termina na loja, na livraria, das histórias criadas para o formato de desenho e até histórias clássicas da literatura em quadrinhos. 

Visitantes circulam pelo Museu

Ao sair do Museu da História em Quadrinhos, continue o passeio por Bruxelas. Ao retornar a estátua de Gaston Lagaffe, ande dois quarteirões a direita e verá a Catedral de Bruxelas (Catedral de São Miguel e Santa Gandula), iniciado no século XIII e finalizado no XV, sua fachada lembra a Catedral de Notre Dame de Paris.  Suba a rua direita dela, ande pela Rue Royale ao lado do Parc de Bruxelles e vá até a Place du Grand Sablon, escolha um restaurante para almoçar, compre chocolates na loja da Godiva, e se ainda tiver paciência para mais museus e desenhos, visite o Museu Hergé na Place du Grand Sablon 35. Esse ainda não conhecemos, mas na próxima visita a Bruxelas, contaremos a vocês. 

 

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