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One Way

One Way Capítulo 3: 3 Países em 1 Dia

Por: Henrique Benitez Lopes | 26/06/2019

2019 é um ano de novidades para o liketour. Além, do já conhecido liketour cast, teremos novos conteúdos, com mais dicas e histórias de viagens para você.  Uma delas é a série de textos diversos com histórias e dicas de viagens, batizada de One Way*.

No capítulo 3 do liketour One Way, Henrique contou como foi visitar três países, Bélgica, Alemanha e Holanda em apenas um dia.

One Way*: No jargão do turismo é o identificador de tarifa e viagem só de ida.

Na cidade de Maastricht, Holanda, as margens do Rio Maaspromenade.

Uma das vantagens de viajar para Europa, é o fato dos países serem pequenos e poder conhecer várias cidades desse mesmo país, assim como visitar seus vizinhos, aproveitando, as fronteiras abertas do continente, e a vasta malha ferroviária e rodoviária.

Foi o que fiz na primeira vez que estive no Velho Continente. Já estava a quase três semanas na Bélgica e já tinha conhecido cerca de dez cidades do país das cervejas.  Passei um dia em Amsterdam e dois dias em Paris. Quase chegando o dia de voltar para o Brasil, parecia que eu ter conhecido tantos lugares ainda não era o suficiente.

Queria conhecer pelo menos uma cidade da Alemanha e fazendo uma pesquisa rápida na Internet, descobri que a cidade de Aachen, era a mais próxima, 150 Km, da cidade da Antuérpia, onde estava hospedado.  A cidade ficou mais interessante quando soube que era um lugar histórico e cidade natal do Imperador Carlos Magno.

No dia seguinte numa manhã chuvosa, fomos de carro até a cidade alemã.  Ao chegar próximo ao centro velho de Aachen nos deparamos com esculturas de pedras de crianças e animais e uma pequena viela que te leva a Cidade velha, onde carros não podem circular.  Entrar na velha Aachen, não é somente uma viagem num espaço, mas sim uma viagem no tempo. As ruas de pedra e os imóveis antigos em torno da velha e grande catedral, te dão a sensação de voltar ao passado.

A Catedral de Aachen, iniciada no ano de 790 e onde o próprio imperador foi sepultado em 814 domina a paisagem. Patrimônio da Unesco desde 1978, por dentro e por fora é uma obra prima da arquitetura.  O turismo é o que movimenta o comércio, de lojas de souvenires a bares e restaurantes onde os turistas empunhados de câmeras e celulares tiram fotos de todos os cantos da cidade.  Uma feira de frutas, como temos popularmente no Brasil, quebrava um pouco a ideia de volta ao tempo e nos trazia a realidade temporal.

Catedral de Aachen

Passando por um portal da cidade, chegamos a cidade moderna, com imóveis atuais e carros e ônibus circulando, voltamos ao século XXI, e encontramos galerias de lojas e moradores da cidade.  Poucas horas são suficientes para circular por toda cidade velha de Aachen, com dias curtos, com pouca claridade do inverno europeu era hora de partimos para outro lugar.

De Aachen, voltamos a Bélgica e viajamos cerca de 70 Km, para Eben-Emael, uma pequena vila residencial, com pequenas casas e poucos comércios. Como em muitas cidades belgas, os marcos das guerras mundiais são os ícones que contam a história das cidades.  Conhecer as cidades belgas é perceber que o país quase não existia antes de 1914, por muitas delas há inúmeros monumentos sobres as guerras.

Mas, em Eben-Emael não é um mero monumento ou homenagem aos soldados, lá em maio de 1940 uma batalha entre alemães e belgas foi travada pela Fortaleza de Eben-Emael.  Proteger a fortaleza, para os belgas, era proteger os canais abertos que davam acesso ao interior da própria Bélgica e a Holanda.

Turista em cima do Forte de Eben-Emael, ao fundo a cidade de mesmo nome.

Ao redor da Fortaleza, encravada numa montanha, vemos um antigo tanque de guerra e réplicas de bombas e armas utilizadas na batalha.  Próximas a elas, placas de forma ilustrativa, explicam como foi essa batalha.  No portão trancado da fortaleza, uma homenagem com os nomes dos mortos em batalha e por uma escada estreita e sinuosa, podemos subir no telhado da fortaleza e ver a cidade de Eben-Emael.  Uma cidade escondida na tríplice fronteira entre Bélgica, Holanda e Alemanha, é visita obrigatória para quem gosta de conhecer as pequenas batalhas que formaram a segunda grande guerra.

Saindo de Eben-Emael, viajando menos de 10 Km as margens do Rio Mosa, atravessamos a fronteira entre Bélgica e Holanda e seguimos para Maastricht.  Uma cidade universitária, bem movimentada e que mescla o moderno com o antigo.  Próximo a cidade passamos por áreas rurais perto de plantações. Chegando na cidade cortada pelo Rio Maaspromenade, bicicletas, pequenas motos e carros estacionam próximo ao rio, e já é possível ver barcos, pontes, pequenas igrejas e casas que compõem a paisagem da cidade.

Eben-Emael, Bélgica.

Andar pela calçada entre o rio e o comércio da cidade, é possível ver as torres das igrejas que rendem boas fotos. As ruas que levam ao centro da cidade estavam tomadas por pessoas que entravam e saiam dos comércios e iam e voltavam do centro da cidade.

O centro de Maastricht é um grande praça aberta com o prédio da Câmara Municipal como ponto de referência. Ao redor da praça, claro, comércios tradicionais de lembranças e bebidas e também comércios de rua.  Com a tarde já chegando ao final e já escurecendo, os turistas já se dispersavam para lugares mais fechados. Alguns mais resistentes ao frio, ainda tinham ânimo para circular pelas ruas e passear com os cachorros.  Comemos batata frita, peixe e compramos algumas lembranças.

Comparado a Aachen e a Eben-Emael, Maastricht é uma cidade mais moderna em sua arquitetura, e por ter uma grande universidade com estudantes de vários países a cidade tem uma vitalidade maior para além do turismo e a história.

Maastricht ao anoitecer.

Existem outras tríplices fronteiras como essa que podem ser visitadas em um dia. Na Europa mesmo, entre Hungria, Áustria e Eslováquia, e no Brasil com Paraguai e Argentina.

No fim da tarde era hora de voltar para Antuérpia, viajamos por 100 km, cerca de uma hora e meia.  O dia seguinte era hora de arrumar as malas e nos prepararmos para voltar para Brasil.

O que era para ser uma visita a uma cidade alemã, se tornou algo não panejado de visitar três cidades, de três países.

Existem outras tríplices fronteiras como essa que podem ser visitadas em um dia. Na Europa mesmo, entre Hungria, Áustria e Eslováquia, e no Brasil com Paraguai e Argentina.

Fim do dia, hora de voltar para casa.

E você? Já teve uma ou tem vontade de fazer uma viagem assim? Entre em contato conosco e nos conte como foi.

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